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19/08/2009

POEMAS DE AMOR

SONETO XIV
Amo-te quanto em largo, alto e profundo
Minhalma alcança quando, transportada,
Sente, alongando os olhos deste mundo,
Os fins do Ser, a Graça entressonhada.

Amo-te em cada dia, hora e segundo:
À luz do Sol, na noite sossegada.
E é tão pura a paixão de que me inundo
Quanto o pudor dos que não pedem nada.

Amo-te com o doer das velhas penas;
Com sorrisos, com lágrimas de prece,
E a fé da minha infância, ingênua e forte.

Amo-te até nas coisas mais pequenas.
Por toda a vida. E, assim Deus o quiser,
Ainda mais te amarei depois da morte.

COMO TE AMO?

Como te amo? Deixa-me contar de quantas maneiras.
Amo-te até ao mais fundo, ao mais amplo
e ao mais alto que a minha alma pode alcançar
buscando, para além do visível dos limites
do Ser e da Graça ideal.
Amo-te até às mais ínfimas necessidades de todos
os dias à luz do sol e à luz das velas.
Amo-te com liberdade, enquanto os homens lutam
pela Justiça;
Amo-te com pureza, enquanto se afastam da lisonja.
Amo-te com a paixão das minhas velhas mágoas
e com a fé da minha infância.
Amo-te com um amor que me parecia perdido - quando
perdi os meus santos - amo-te com o fôlego, os
sorrisos, as lágrimas de toda a minha vida!
E, se Deus quiser, amar-te-ei melhor depois da morte.

Poemas de Elizabeth Barret Browing, tradução de Manuel Bandeira.
Elizabeth legou-nos um testemunho duradouro do seu grande e puro amor. Uma manhã, na Itália, entregou a Robert (com quem viveu um grande amor) um caderno de poemas, mais tarde publicados sob o titulo de Sonnets from the Portuguese (Sonetos traduzidos do Português). Um destes é considerado o mais belo poema de amor escrito por uma mulher, em língua inglesa: Londres,1845, era vitoriana, em Wimpole Street 50; como de costume, o carteiro da região, retirava da sua sacola um volume relativamente grande de correspondência que costumeiramente era postado para àquele endereço. Mal sabia ele que, mesmo com uma participação pequena, uma das missivas ali contida, mudaria de forma substancial, a vida de duas pessoas altamente sensíveis, provocando um dos maiores romances vivos nos anais da literatura.


"Cada pessoa que passa em nossa vida é única. Sempre deixa um pouco de si e leva um pouco de nós. Há os que levaram muito, mas há os que não deixaram nada. Essa é a maior responsabilidade de nossa vida, e a prova evidente de que duas almas não se encontram por acaso."

Estes dois poemas são os que eu mais gosto, espero que sintam-se inspirados com esta energia que ilumina e mobiliza a vida, com estes belos poemas de pura energia do Amor.

Que a luz do Amor enriqueça nossa vida!

10 comentários:

"Fine Biscuit" disse...

Que lindo!

Norma Villares disse...

Elizabeth com seus poemas toca profundamente a alma. Obrigada e ricos abraços

Lucia Campos virtual disse...

Que coisa mais linda: os sonetos em sua forma requintada, mas delicada, e o sentimento tão forte, grandioso, humano e divino!
Beijinhos, querida.

Clara disse...

Amo-te quanto em largo, alto e profundo. Minhalma alcança quando, transportada. Realmente Elizabeth transporta para o amor puro e verdadeiro. Abraços

Natural.Origin disse...

Belo:)

Norma Villares disse...

Quando a alma atinge a sutileza e o requinte, tudo é belo. Obrigada amigas

Unknown disse...

O amor é belo.

Marcos Takata disse...

O amor deixa o coração brilhante, ilumina tudo. Bijus

Norma Villares disse...

E como brilha! Obrgada Marcos e Antônio pela visita. Abraços

Lívia Luz disse...

Estes sonetos deixam na alma a esperança. Beijos

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